segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Role-Play

''Que reinem o amor e a guerra, mas que reinem em role-play.''

Role-play (RP) é literalmente brincar de teatro, é quando assumimos nossos personagens e acreditamos no mundo em que vivemos e que tudo é possível. É deste momento em diante quando podemos visitar castelos, nos aventurar pelos bosques, assistir ao sermão do padre e muito mais. Todos têm liberdade sobre o que fazem com seus personagens, desde que não interfiram nos/ obriguem outros. Existem muitos guias sobre, oficiais ou não, e também muita polêmica, pois nem todos sabem fazê-lo. Todavia, é apenas uma questão de aprender, o RP é acessível a todos. É feito o tempo inteiro: Na taverna, no fórum, nas cartas, é a essência do jogo.


Para os que estiverem interessados em começar a fazer RP, há algumas coisas básicas que sempre são inteligíveis. Muitos cidadãos optam por narrar suas vidas privadas, isso envolveria um mesmo tópico, no fórum da povoação, abordando a casa, a oficina, os campos e a mansão, se possuírem uma. Desta forma, outros podem visitá-los e narrar estes acontecimentos, além de abrir portas para muitas aventuras. Outras iniciativas também levariam à localizações dentro da vila, um mapa da cidade, o que é fundamental para os prefeitos que desejam ver seus cidadãos fazendo RP.


O segundo passo é identificar um diferencial. Pode ser para o recurso da povoação, pode ser para o personagem, pode ser para qualquer coisa, desde que seja algo único. Algo que facilite a identificação; por exemplo, o pomar de Alcobaça é conhecido pelos boatos de uma deusa (A Deusa Bjeka, Senhora da Cerveja e dos Eventos Divinos) que ronda as árvores e os arbustos em determinados momentos. Singularidades de personagens também são bem-vindas, por exemplo Leilinha, de Santarém, que teve sua infância marcada por tocar flauta, algo raramente visto em terras lusitanas, isso caracterizou o personagem Leilinha e facilitou sua identificação. Isso marcou seu RP.


De seguida, temos os marcos. Marcos são sinais de RP. São artigos que distinguem o mundo mecânico (trabalhar, comer, ir à missa, beber) do mundo RP (narrar como são as minas, ir ao mercado e barganhar pela comida, ouvir ao sermão do padre, afogar o rosto nas canecas). Cada jogador opta por usar determinados marcos. Algumas pessoas têm companhias animais, outras têm companhias de Personagens Não-Jogáveis (PNJs) ou Non-Playable Characters (NPCs), como são conhecidos nos Role-Playing Games (RPGs) em geral. Por exemplo, reis podem fazer RP de escribas e seguidores comuns, para enriquecer suas vidas. Outro exemplo prático: O escritor 1000faces faz RP do garoto Jozé, um PNJ que o segue para onde ele for, dando-lhe, assim, uma aura. Estas auras são positivas e dão vida ao jogo. Podem ser criadas com PNJs, companhias fictíceas, ou até abordagem dinâmica do cotidiano (em vez de apenas comer pão, narrar a negociação com o mercador na feira para obtê-lo, que no caminho ele quase foi roubado por um Zé-da-Faca, que ele foi fatiado e depois temperado, para então, finalmente, ser consumido). RP não é apenas bonito, é também saudável de se fazer, estimulando a criatividade e o vocabulário. Enfim, é algo que muito bem pode ser feito por todos. Deve ser feito por todos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário